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LER É IR ALÉM Leia , a seguir , um trecho do livro Tempo de caju , de Socorro Acioli . Era uma vez um curumim que amava caju . Seu nome era Porã . Todo o povo de Porã também amava caju . Mas era preciso ter paciência . Os cajueiros passavam quase um ano dormindo , sem dar frutos pra ninguém . Quando as árvores acordavam , a aldeia de Porã fazia festa . As copas verdes ficavam coloridas de frutos amarelos , avermelhados e alaranjados como se fossem pedacinhos do sol . Os índios comiam , bebiam e respiravam o vento doce dos cajus enquanto durava a festa . Até que os cajueiros voltavam a dormir . Continuavam dando sombra e sossego , abraçando os curumins nos seus galhos .. mas caju , que é bom , só no ano seguinte . Quando o último caju era colhido , cada índio escolhia uma castanha bem bonita e guardava em uma cabaça secreta , que eles enfeitavam e escondiam como um tesouro . Para cada castanha guardada , mais um ano de vida se contava . Porã tinha sete cajus no dia em que seu povo acordou assustado . Com os ouvidos no chão , os índios guerreiros perceberam que uma gente inimiga chegaria a qualquer momento ... Só deu tempo de cada um pegar a sua cabaça e fugir . Os curumins foram embora olhando para trás , dando adeus aos cajueiros . [ ... ] ACIOLI , Socorro . Tempo de caju . 2 . ed . Curitiba : Positivo , 2010 . p . 5-9 .

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